Na Bahia, o Dia
Nacional de Luta, promovido pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e demais
centrais sindicais mobilizou categorias de diversos segmentos do campo e da
cidade, de setores público e privado. Com a ampla adesão de químicos,
petroleiros, rodoviários, radialistas, bancários, comerciários, professores das
redes pública e privada, servidores públicos das esferas municipal, estadual e
federal, profissionais de saúde, policiais civis, entre outros, as paralisações
foram maciças em todo o estado.
Em Salvador, pela
manhã, a CUT-BA se juntou os movimentos sociais e populares em um protesto em
frente à filiada da TV Globo, a TV Bahia, da Rede Bahia. Sob palavras de
ordens, bandeiras e cartazes, os manifestantes conseguiram entregar na sede da
emissora um documento no qual expressavam o repúdio à emissora e em defesa da
democratização da comunicação.
A partir do
meio-dia, a CUT se juntou às demais centrais sindicais e movimentos populares
em uma grande marcha que saiu do Campo Grande em direção à Praça Municipal, na
zona central da capital baiana. O protesto uniu milhares de pessoas,
trabalhadores, estudantes, militantes de esquerda, em geral, que foram às ruas
levar suas bandeiras de luta. A CUT participou com faixas, bandeiras, cartazes,
carro de som e ampla adesão de sua base de sindicatos.
As atividades da
CUT-BA neste Dia Nacional de Luta incluíram bloqueios em rodovias federais e
estaduais. A BR-324 foi bloqueada desde 5 horas, na entrada do município de
Simões Filho, na região metropolitana de Salvador, e na entrada de Feira de
Santana, segundo maior município do Estado. Também foram bloqueadas a BA-535 e
BA-526, que ligam Salvador ao Pólo Industrial de Camaçari, a BA-093, em Simões Filho, e a
BA-099, que dá acesso ao litoral norte do Estado e a Sergipe. Outras
manifestações foram realizadas na BA 522, BR-101, e BR-242, no oeste baiano.
O presidente da
CUT-BA, Cedro Silva, salientou que o Dia Nacional de Luta já começou vitorioso,
pois os trabalhadores haviam conseguido no dia anterior o adiamento da votação
do PL 4330 que trata da terceirização. "Queremos que finalmente esse
projeto saia da pauta do Congresso, pois é inaceitável que venhamos a admitir
trabalhadores de terceira classe em nosso país. Precisamos de leis que nos
garantam mais cidadania e não que retirem direitos já conquistados",
enfatizou.