Aconteceu na tarde da última
terça (28) no Centro Juvenil de Ciência e Cultura do Colégio Central da Bahia,
no Centro da cidade, a plenária de organização das mulheres secundaristas
filiadas a AGES. Discussões como o empoderamento das mulheres negras, a
LGBTfobia e as mulheres no mercado do trabalho, bem como a luta pelo
fortalecimento de mais mulheres em espaços de direção, fizeram parte da intensa
agenda de debates.
A plenária contou com a
participação de Raquel Borges, ex-presidenta da AGES (Gestão 2011-2013), Pérola
Santos e Mirela Rodrigues da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de
Camaçari – UESC, Emily Maria, represente
baiana no parlamento juvenil, Carolina Bandeira, presidenta da AGES, além de
Elana Costa que toca a direção de mulheres e Lislia Ludmila diretora de cultura
da entidade. Larissa Souza, que dirige o Grêmio do Central, apresentou o espaço
e saudou as participantes do evento em nome do Colégio.
O público da atividade,
majoritariamente formada por presidentas, dirigentes de Grêmios e militantes
feministas filiadas a entidade, diante de tamanha diversidade, compartilharam
vivências, histórias de lutas e superação, formas de combate ao machismo,
recitaram poesias e também discutiram política e estratégias de
auto-organização nos espaços.
O debate em torno do empoderamento
das mulheres negras abordou as lutas cotidianas e as dificuldades impostas pelo
mercado de trabalho que reproduz práticas LGBTfóbicas, dificultando o acesso de
homens e mulheres trans. O índice de desemprego no Brasil que tem no topo
mulheres, jovens e negras do nordeste, é o retrato histórico da negação de
direitos e o tamanho do desafio que ainda se tem pela frente na luta por
reparação, tendo em vistas que as mulheres ainda hoje mesmo exercendo funções
iguais aos dos homens, continuam a receber salários inferiores.
A organização das secundaristas
no estado é prioridade para o coletivo feminista no próximo período,
descentralizando cada vez mais as atividades e organizando núcleos e plenárias
municipais. Na oportunidade, apresentado por Lola, a construção de um manifesto
feminista passará a recolher assinaturas coletivas para o lançamento, como
também, destacou o nome de Emily Maria para ajudar no processo de
interiorização e formação de quadros.
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