Os estudantes do Colégio Estadual Mario Augusto Teixeira de
Freitas, juntamente com o Grêmio Estudantil, ocuparam por toda a amanhã da
segunda-feira (06/06) a direção do colégio contra o ato de suspensão aplicado
pela direção do colégio aos estudantes que organizaram ato contra a cultura do
estupro e o machismo, na última sexta-feira.
Indignada com a atitude, Adélia Alcântara Presidenta do
grêmio estudantil, questionou o motivo do porque ela e as meninas que fizeram o
ato iriam ser suspensas pelo ato de terem na apresentação tirado a camisa e
ficado de sutiã; “... Todos os dias os meninos jogam bola sem camisa, circulam
pela escola também sem camisa, e pelo fato de termos contracenado um ato de
denuncia a cultura do estupro e ao machismo seremos punidas? Quer dizer que os
meninos a direção apenas adverte e nós somos suspensas?...” Questionou Adélia.
É preciso compreender o caráter e circunstancias da luta
feminista, não queremos ser diferentes de ninguém, desconstruímos o machismo principalmente
as suas práticas, não achamos que os meninos devam ser punidos até por que
estão jogando bola e as vezes precisam trocar a camisa, assim como as meninas
que também jogam bola ou praticam outros esportes, mais dizer que elas serão
punidas com suspensão por que construíram uma intervenção política e que não é
uma postura de meninas comuns isso sim é um absurdo, destacou Catarina Bahia,
Presidenta da AGES.
Após a alegação cerca de 70 estudantes ocuparam a direção do
e encerram as atividades administrativas do colégio até que a direção revogasse
as suspensões o que só aconteceu no início da tarde.
Fato é que o Teixeira de Freitas é um colégio de gestão
conservadora altamente preconceituoso. Em 2014 na semana da consciência negra
uma estudante foi impedida de entrar no colégio de turbante e foi obrigada pela
direção a provar via ofício de seu terreiro que ela frequentava e que era filha
de santo. Em 2015 e neste ano a coordenação pedagógica passou a ligar para os
pais de estudantes que tinham o comportamento Lgbt na escola os chamando para
conversas informais detalhando a situação e comportamento de seus filhos chegando
a insinuar se os responsáveis acompanhavam seus filhos com bastante atenção. Um
absurdo, sem falar na perseguição dos gremistas por suas posturas de
questionamentos a situações negativas e pertinentes a forma administrativa e pedagógica
do colégio.
Diretoras da AGES e militantes se direcionaram de imediato
ao colégio e um ato foi organizado contra a postura da direção. No início da
tarde as suspensões foram canceladas e uma denúncia foi encaminhada a
secretaria estadual de educação, que já acompanha outras queixas principalmente
relacionadas as posturas da coordenação pedagógica.
Nenhum Ato de Machismo, Racismo ou LGBTfobia passará, nem no
Teixeira de Freitas e em nenhuma instituição de ensino que a AGES estiver militância!
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