quarta-feira, 2 de abril de 2014

ESTUDANTES SOTEROPOLITANOS JÁ ESTÃO NAS RUAS REINVIDICANDO SOLUÇÃO PARA IMPASSE ENTRE GOVERNO E EMPRESAS TERCEIRIZADAS

Milhares de estudantes no centro da cidade, em direção ao campo grande. Á frente, Pedro (esq) e Rafael (dir) dirigentes do m.e
Mobilizações já vem estourando em vários cantos da cidade, pois, a situação já é insuportável. As escolas da rede pública estadual de ensino definitivamente estão reféns das empresas que prestam serviços terceirizados e a educação pública segue sendo abalada.

Cartaz do protesto
Sentindo os efeitos de uma escola sem aula, estudantes das escolas públicas do centro da cidade, organizados pelos seus respectivos Grêmios Estudantis, ocuparam as ruas em protesto a lamentável situação. Com faixas, cartazes, apitos, palavras de ordem e muita irreverência, a estudantada mostrou força e pediu soluções. Para Rafael Fonseca, diretor da executiva da UBES, que participou do ato, o protesto mostrou que o movimento estudantil segue atento nos rumos da educação que vem tomando o Governo do Estado e afirmou que a aproximação e o diálogo é a saída: “Avanços na educação pública foram alcançados, não podemos negar que esses avanços foram bons, mas sempre seguimos atentos aos rumos da educação e percebemos que muitos retrocessos ainda permanecem, a questão dos terceirizados é um deles. Isso é defasagem do trabalho, nenhuma dessas empresas respeitam o trabalhador”. Pontou Fonseca que finalizou: “Portanto, se não dialoga de forma consistente, as coisas ficam mais difíceis”.

Em outro canto de Salvador, no subúrbio ferroviário já tem mobilização marcada para hoje (03/04), as 10h da manhã no largo do luso no bairro de Plataforma, dez escolas foram mobilizadas pelos estudantes do Colégio Estadual Dr Luiz Rogério de Souza, a diretoria da AGES estará presente e se somará às próximas mobilizações que estão por vir caso esse impasse não seja resolvido para retomarmos o funcionamento normal das escolas públicas da rede estadual de ensino, com reposição integral das aulas perdidas. Caso o calendário letivo deste ano seja alterado por mais vezes, o risco é de desequilibrar os próximos anos letivos, gerando um atraso em cadeia. Portanto, seguiremos atentos e mobilizados sobre a condução desse processo, se colocando ao lado dos empregados terceirizados que são diariamente desrespeitados por essas empresas que só visam ao lucro. Exigimos respeito! Esses funcionários em sua maioria já fazem parte da comunidade escolar há tempos, é a figura acolhedora da escola, sempre foram parceiras de iniciativas incríveis com a comunidade, são fundamentais, portanto, é de causar indignação quando o Governo do Estado e as empresas iniciam uma nova queda de braço, um joga a culpa pro outro e ninguém toma uma posição. Cabe ao Estado exigir e fiscalizar para uma prestação de serviços de excelência, por parte das empresas, afinal, se disputaram editais milionários – e ganharam – a prestação dos serviços deveria ser impecável, em muitas escolas de Salvador, os funcionários trabalham com a quantidade regrada de material, não sendo suficiente para todo o serviço e faltam ainda instrumentos de trabalho e material de qualidade, além é claro das garantias que a legislação trabalhista permite, mas a realidade é salários e benefícios com frequência atrasados e o trabalhador e a trabalhadora, sem informação ou qualquer tipo de amparo da empresa e do governo. Uma realidade que deve ser permanentemente denunciada.

Em relação as aulas, o estudante deve entrar em contato com a sua respectiva escola para obter a informação, pois, Colégios como Odorico Tavares por exemplo, já retomou suas atividades normais, mas Escolas como Senhor do Bomfim e Manoel Novaes a questão é mais séria.

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