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Estudantes seguiram até a Praça da Revolução em Periperi |
Esta
sexta-feira (20) foi dia de muita luta e protesto dos estudantes no Subúrbio
Ferroviário de Salvador. A estudantada dos bairros de Paripe, Periperi e Praia
grande, marcharam até a Praça da Revolução em Periperi em protesto. A mobilização
pediu mais qualidade na educação pública, pagamento dos salários e benefícios
atrasados por parte das empresas aos funcionários terceirizados e mais diálogo
com o movimento estudantil e comunidade por parte do diretor geral da Diretoria
Regional de Educação 1B, autarquia ligada a Secretaria da Educação, responsável
pelas Escolas da região do subúrbio ferroviário, penísula itapagipa e região
metropolitana de Salvador.
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Concentração do protesto na Praça João Martins em Paripe |
Os
estudantes afirmam que algumas reuniões foram solicitadas para o diretor geral
da Direc 1B, Luiz Henrique Bottas Peixoto, com o intuito de tratar dos
problemas e reivindicações das Escolas do subúrbio ferroviário, mas nunca,
nenhuma posição foi dada pelo então diretor, este fato, demonstra a clara falta
de diálogo com os estudantes, assim como, toda comunidade do subúrbio. Leandro
Loyola, diretor de Grêmios Estudantis da AGES e presidente do Grêmio Estudantil
do Colégio Estadual Sete de Setembro, afirma que o conjunto da comunidade dos
bairros do Subúrbio ferroviário nunca teve um canal de diálogo aberto
diretamente com a Direc 1B, que, aliás, nunca aparece na região. “Aqui no subúrbio
a comunidade nunca teve a oportunidade de dialogar com a Direc (1b), são vários
problemas que as nossas escolas enfrentam, é bem mais fácil à gente conseguir
reivindicar algo diretamente com o Secretário da Educação, que já nos ouviu várias
vezes, do que com o Luiz Henrique, que nunca vem aqui, ouvir a nossa
comunidade.” Ressalta Loyola que complementou: “e este protesto aqui reflete a
nossa indignação, pois, a comunidade quer um canal de diálogo permanente!” finaliza.
Sobre
o desrespeito das empresas com os funcionários terceirizados, sem receber salários
há meses, os estudantes afirmam que continuarão mobilizados: “sem a menor dúvida
continuaremos em mobilização contra esse descaso das empresas com esses pais e
mães de famílias sem receber seus salários e benefícios e enquanto tudo isso
acontece, muitas escolas estão sem aula.” Avisa Carla Borges, do Grêmio
Estudantil do Colégio Estadual Almirante Barroso.
Outras
pautas dos estudantes da região são: mais segurança nas escolas do subúrbio com
aumento efetivo da ronda escolar, reformas das escolas da região e mais
investimentos na estrutura física e eletrônica das instituições de ensino, o
que melhora consequentemente, o ensino-aprendizagem.
Veja aqui mais fotos do protesto.