Um grupo de estudantes da Rede Pública Estadual ocupou o Colégio Estadual Manoel Devoto, no bairro do Rio Vermelho, em Salvador, por tempo indeterminado, desde do dia 06 de Julho, para protestar contra a falta de pagamento e demissão de funcionários terceirizados.
Os estudantes estão se alimentando através de doações e vaquinhas solidárias que são feitas por comerciantes locais, na última terça feira uma grande feijoada foi realizada por um grupo de professores em apoio ao movimento. Para Luis Felipe aluno do colégio é lamentável a situação que os funcionários se encontram. “ Isso é uma falta de respeito como os funcionários que cuidam e zelam por nossa escola, uma das “tias” que toma conta do corredor está devendo mais de 3 mil reais na mão de agiota, para poder comprar comida para sua casa, à espera de ter seu salário depositado na conta.”
Nossa equipe entrou em contato com a Catarina Bahia, Presidente da Associação de Grêmios e Estudantes de Salvador (AGES), que nos deu um panorama sobre a situação. “A Falta de diálogo entre a Secretaria de Educação e os estudantes é o que complica ainda mais os avanços a um comum acordo, hoje em uma reunião que estava marcada na SEC, a assessoria do então secretário Walter Pinheiro resolveu reduzir o número de representantes que iriam sentar na mesa para discutir um resolução desse empasse de 22 para 5 apenas. Fazendo que o movimento recuasse e voltasse para as lutas nas ruas até o governo ceder uma conversa franca e onde todas as entidades possa está participando.”
Em mais um dia de protestos, ainda segundo a AGES, durante o todo o dia desta quinta-feira (14), mais de 5 mil estudantes estavam mobilizados em diversas áreas da cidade para pedir o retorno imediato das aulas.
A secretaria de Educação emitiu um comunicado no final da tarde informando que vai está regularizando a situação dos terceirizados.
A Secretaria da Educação do Estado da Bahia está viabilizando o pagamento direto na conta dos prestadores de serviços terceirizados, que não vinham recebendo seus proventos das empresas, cujos contratos foram encerrados no dia 30 de junho. Para isso, foi montada uma força-tarefa envolvendo as secretarias estaduais da Fazenda (Sefaz) e da Administração (Saeb), juntamente com o Banco do Brasil, e o acompanhamento do Ministério Público do Trabalho.
O encerramento dos contratos foi uma recomendação do governador Rui Costa, que determinou a realização de uma nova licitação, regida pela Lei Anticalote, para garantir direitos trabalhistas e indenizatórios dos prestadores de serviços. Além disso, o Governo do Estado reduziu de 120 para 12 a quantidade de contratos.
Por Jefferson Borges - Jefferson@nordesteusou.com.br
http://www.nordesteusou.com.br/noticias/item/435-devoto
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