quarta-feira, 2 de julho de 2014

EM REUNIÃO COM O REITOR DA UNEB, ESTUDANTES SÃO COMUNICADOS DO INTERESSE DA INSTITUIÇÃO EM INSTALAR CAMPUS UNIVERSITÁRIOS NO SUBÚRBIO FERROVIÁRIO E EM CAJAZEIRAS

Na manhã desta ultima terça-feira (01/07), o reitor da Universidade do Estado da Bahia, professor José Bites, recebeu no gabinete da reitoria diretores da Associação de Grêmios e Estudantes de Salvador (AGES) e representações de Grêmios Estudantis do Subúrbio Ferroviário e de Cajazeiras, a pauta do encontro é a implantação do campus da UNEB nestas regiões, uma reivindicação histórica dos estudantes destas localidades.

Segundo o presidente da AGES, Pedro Correia, a implantação da UNEB no subúrbio ferroviário será um avanço fundamental para a consolidação da política de democratização do ensino superior: “esta sempre foi uma pauta do conjunto do movimento estudantil, como também da própria comunidade local, um campus da Universidade do Estado da Bahia no Subúrbio e cajazeiras é sem dúvidas consolidar a política de democratização do acesso ao ensino superior, os estudantes secundaristas da região que completarem o ensino médio, com toda certeza vão querer ingressar na Universidade que está logo ali ao lado, perto de casa.” Pontua Correia. Participaram do encontro também Rafael Fonseca, diretor da UBES – União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, além de lideranças estudantis do próprio subúrbio e de cajazeiras.

A criação de um campus universitário na suburbana é uma conquista que entrará para a história, pois, facilita a acessibilidade de milhares de estudantes na universidade, ajudando na real democratização do ensino superior, além do simples aumento de vagas, que não garantem que todas as parcelas da população tenham acesso à mesma, principalmente o jovem trabalhador dos bairros periféricos.


As Universidades sempre foram criadas de forma elitista, privilegiando os bairros nobres e mais centrais, uma lógica que exclui a população que vive nos subúrbios e periferias pela dificuldade de acesso e condições de permanência. A dinâmica universitária exige do estudante tempo e dedicação no ambiente universitário, o que necessita de condições financeiras, condições que na maioria das vezes faltam aos estudantes com esse perfil, onde um campus perto do seu local de residência ajudaria bastante a reduzir os efeitos da desigualdade social que os restringe em alguns aspectos a um ensino superior de qualidade. Sem contar o estudante trabalhador que cursa os cursos noturnos, que enfrenta dificuldades no transporte público na volta pra casa, após as 22:00h é extremamente difícil o retorno a sua residência, e a falta de segurança, além da rotina desgastante, que pela distância da faculdade pra casa os forçam a irem direto do trabalho para a aula, fazendo muitos evadir da universidade.

Compreendendo a importância desse processo, o estudante Leandro Loyola do subúrbio ferroviário e também coordenador do movimento estudantil pela AGES da região, agradeceu emocionado ao Reitor da UNEB, pela iniciativa, por ouvir e atender ao pleito dos estudantes de uma forma democrática e participativa.

Durante a conversa com os estudantes o reitor José Bites de Carvalho, sinalizou o interesse da administração da universidade em implantar um campus avançado da UNEB tanto no subúrbio ferroviário, quanto na região de Cajazeiras, em Salvador. As primeiras iniciativas para o desenvolvimento já foram tomadas, a administração da UNEB solicitou o cadastro ao Instituto Anísio Teixeira (IAT) para gerir pólos de Educação a distância (EaD) no subúrbio ferroviário, em Cajazeiras e na cidade de Canudos, essas são as três primeiras localidades que a UNEB tem o interesse em implementar os campi avançados e a instalação dos pólos EaD são a primeira iniciativa da UNEB para dar início ao desenvolvimento de um trabalho.

Segundo o Reitor, a universidade tem autonomia para implantar e gerir os pólos de Educação a Distância, já a consolidação de um campus, não depende só da iniciativa da administração da universidade, mas, de uma autorização e contrapartida do Governo do Estado da Bahia. O Reitor ressaltou que se houver uma sinalização do governo a respeito da implantação do campus universitário nessas localidades, a UNEB tem interesse e estrutura técnica para desenvolver e atender a demanda.

Para além da discussão da possibilidade de implantação dos novos campi da UNEB, o reitor apresentou alguns avanços que a UNEB teve nesse início de gestão e que interferem diretamente no acesso ao ensino superior que é uma demanda de interesse de todos os presentes na reunião. De acordo com o reitor a discussão sobre a ampliação de vagas ofertadas pela UNEB para o Sistema de Seleção Unificada (SISU) tem avançado, a pretensão é que para o próximo vestibular 50% das vagas sejam oferecidas pelo SISU, hoje a UNEB oferece 20%. Além disso, a administração da universidade junto ao fórum de reitores e o Governo do Estado vêm discutindo a criação de um programa específico de assistência estudantil para a educação superior, “Precisamos qualificar o acesso e a permanência.” disse o reitor.

Ao fim da reunião também foram discutidas as necessidades de avanços nas políticas internas de assistência estudantil e necessidade urgente da construção das residências universitárias. Segundo o reitor os primeiros recursos do Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAEST), oriundas da aderência ao SISU, já estão na conta da UNEB e serão feitas reuniões para planejar o destino da verba. A ampliação da oferta de vagas pelo SISU também ajuda a ampliar as verbas vindas do PNAEST, o que colabora para o desenvolvimento de uma melhor política de assistência estudantil para a universidade.


O Reitor por sua vez, reafirmou que a UNEB já esta preparada que conforme indicação da AGES em momento anterior já vistoriaram alguns colégios em vista da possibilidade da instalação do campus nos bairros de Periperi e Paripe e que agora aguarda a sinalização do Governo do Estado para que logo esse projeto se torne realidade e os estudantes daquelas regiões possam gozar de uma Universidade perto de suas residência e com qualidade. Ressaltou também da importância de ter cursos que correspondam às demandas locais para contribuir com o desenvolvimento econômico e cultural das comunidades e que seu foco esta nos cursos tecnológicos.  

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