O 08 de março, dia internacional da Mulher, foi marcado por
grandes atividades que lembraram as lutas empoderamento das mulheres. Pela manhã
no colégio CENTRAL aconteceu o 1º Encontro de Jovens Mulheres Estudantes
Secundaristas de Salvador, organizado pela AGES e coletivo PARATODAS, que
debateu temas importantes como a desconstrução do machismo na sociedade.
Com o tema, você é o que quiser ser, reuniram cerca de 50
jovens de diversos colégios compartilharam suas opiniões e debateram mecanismos
para se combater o machismo diariamente, nas suas instituições de ensino,
trabalho e até mesmo em casa, além de relatar suas experiências enquanto
militantes da pauta feminista.
Para Claudia Borges, coordenadora do Coletivo PARATODAS é de
fundamental importância a construção de espaços como este para troca de
opiniões experiências e fortalecer a luta por conquistas de mais respeito e
direitos: “... Todos os dias nos deparamos com casos de violência contra
mulheres, seja ele verbal ou físico, muitas das vezes praticados em espaços
comuns de convivências como o ambiente familiar, na escola ou no trabalho e
isso tem que acabar...” Relatou Claudia.

Já para Catarina Bahia, Presidenta da AGES, o processo de
empoderamento das mulheres nos espaços de poder é uma luta constante: “... Sou
presidenta de uma entidade de representação do movimento estudantil, todas nós
sabemos o quanto é raro e difícil chegar a espaços como estes, culturalmente
não fomos criadas nem muito menos preparadas para estes postos, mais nossa
determinação e ousadia nos dá força pra cumpri esta tarefa... Quantas de nós
estamos excluídas dos melhores cargos dos melhores salários só pelo fato de
sermos mulheres ? Pois é esta é uma realidade que temos que mudar! ...”
comentou Catarina
Na mesma luta, Ludmila Nascimento, Diretora de Políticas
para mulheres, que defende o empoderamento da mulher negra em todos os espaços
da sociedade: “... Hoje além de combatermos o preconceito por nossa cor de pele
ainda temos que lutar contra a cultura
machista impregnada em nossa sociedade, e esta cultura nos escreveu como donas
de casa, limitadas a cozinha e o tanque de lavar roupas, tarefas domesticas,
chega, não queremos ser mais objeto dos mais desenhados pensamentos sexuais,
chega não nos resumiremos as tarefas domesticas, queremos mais, seremos
medicas, atrizes, modelos, engenheiras, advogadas juízas e etc seremos o que
quisermos ser, basta de racismo, basta de preconceito, baste machismo!...”
Afirmou Ludmila


Cotidianamente presenciamos atos de machismo dentro de
nossas escolas, que vão desde a brincadeiras da mão boba aos mais escrotos dos comentários,
se me visto desta forma é por que me sinto bem, mais isso não dá a liberdade de
nenhum menino fazer qualquer tipo de comentário sobre o que sou, penso ou faço,
o corpo é meu e nele prevalece as minhas regras, destacou Stephane Santos,
Secretaria Geral da
AGES.

O encontro contou com diversas dinâmicas e apresentações
culturais, além dos debates sobre o feminismo e a educação para homens menos
machistas, um espaço aberto onde os meninos presentes puderam esclarecer
diversas dúvidas e confrontar opiniões sobre a identificação do que é um ato
machista no seu dia a dia.
Ao final do encontro ficou encaminhado a construção de uma
caravana visitando as instituições de ensino e fortalecendo o debate de
empoderamento das meninas com perspectiva de construir dias na sociedade menos
machistas.

Pela tarde, teve a tradicional caminhada do 08 de março, da
praça campo Grande a praça Castro Alves, e reuniu mais de 3 mil participantes,
e o Coletivo PARATODAS também participou, onde Tamires Menezes, afirmou que todos
os dias são dias de lutas, contra o racismo, contra o machismo, e assim
seguiremos na luta de mais mulheres imponderadas, menos machismos na sociedade
e por mais respeito e direitos.
Participou junto ao coletivo, a presidente da Frente em Defesa da Mulher da Assembléia Legislativa da Baia, a Deputada Estadual Luíza Maia.
E Assim encerramos o dia 08 de Março.
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